Mestre em Ciências da Saúde, UnB; Auditor ISO 14.000; Auditor CONAMA 306; Pesquisador Saúde Pública

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Desde muito cedo despertei o interesse para entender o sentido de “Gigante pela própria natureza” inscrito em nosso belo Hino Nacional Brasileiro. No meu pequeno mundo isso tinha formato de um sonho. Sempre acreditei que o trabalho produziria um Futuro que espelha essa grandeza. Entretanto, não poderíamos esperar “Deitado eternamente em berço esplendido”. Então, me debrucei sobre os livros e outros informes. A história da expansão territorial do Brasil ainda tem sido pouco pesquisada por nossa historiografia, apesar da importância estratégica e atual que reveste a questão. O potencial dos seis Biomas do Brasil nos credencia a produzir alimento para parte significativa dos 195 países do globo. Certo que temos problemas maiúsculos na seara da saúde de nosso povo, saúde primária, saúde regionais, saúde provenientes de epidemias e pandemia novo coronavírus. Nada que planejamentos estratégicos, planos de governo e planos de estado, com boa vontade e união de governantes não possam resolver.

domingo, 18 de dezembro de 2022

Neocolonialismo contemporâneo, um colonialismo com nova roupagem?

 Movimento ambientalista, desenvolvimento e justiça social

O impulso desenvolvimentista que motivou as causas ambientalistas deu seus primeiros passos no pós-Guerra 1945, reflexo da orientação anticolonialista do presidente norte americano Franklin Roosevelt (1933-1945), antes e durante a guerra. Em suas conferências com o primeiro-ministro inglês Churchill e as lideranças britânicas, a partir de 1940, Roosevelt deixou claro que a participação dos EUA no conflito e a reconstrução do pós-guerra estariam condicionados ao desmantelamento de todos os impérios coloniais europeus e ao estabelecimento de uma nova ordem de Estados nacionais plenamente soberanos e com direitos ao desenvolvimento integral de seus povos. Muito claro que a proposta não era do agrado da oligarquia britânica, muito menos de outras potências colonialistas.

Com a morte de Roosevelt, em abril de 1945, a pretendida reconstrução dentro da ordem e da paz pretendida pelo seu idealizador, caiu sob a influência do confronto Leste-Oeste, nossa conhecida Guerra Fria.

Colonização - é um tipo de dominação na qual a relação que se estabelece entre os dois polos é de completa dominação do colonizado pelo colonizador. Um processo pelo qual os seres humanos ocuparam novos territórios, tendo por objetivo a habitação ou a exploração de recursos.

Colonização na idade moderna

Aqui vamos nos ater aos povos mais próximos de nossa formação, deixando claro que esse processo de colonização/exploração se deu com violência e extermínio dos povos nativos. 

O período se inicia no final do século XIV, com o crescimento econômico de países europeus e asiáticos. Esse período caracterizou-se, em geral, pelo uso da violência e dominação dos povos nativos. A colonização europeia, que abrangeu a maior parte do mundo, tinha como principal motivação a busca por mercadorias para comercialização e metais preciosos.

As principais nações colonizadoras da Europa foram: Portugal, Espanha, Inglaterra, França e Holanda (início do século XV até século XIX).

Os espanhóis, como os portugueses, tinham como objetivo a obtenção de metais preciosos e a exploração de produtos tropicais. Grande parte da mão de obra escrava nas colônias espanholas era indígena, que era subjugada pela catequização.

Colonização do Brasil

Apesar da chegada dos portugueses em 1500, somente em 1531 efetivamente iniciou o processo, motivado por três preocupações que os patrícios começaram a sentir: 1. Queda no lucro do comércio no Oriente; 2. Ameaça de invasores; 3. Expansão da Igreja católica.

Essa colonização foi marcada pelo uso da violência e trabalho escravo. Os indígenas que sobreviviam à violência eram utilizados como mão de obra escrava, mais tarde acrescida com os negros trazidos da África. Os escravizados, indígenas e negros, foram utilizados nos engenhos de açúcar, iniciando esse ciclo do açúcar em 1530 que se estendeu até meados do século XVIII.

Foram criadas 15 capitanias e cedidas a 12 donatários (1502-1549). Em seguida tomou forma uma nova forma de organização centralizada – Governo Geral. O fim do sistema de governos gerais encerrou com a chegada da família real portuguesa ao Brasil em 1808.

Neocolonialismo verde

É na Guerra Fria, conflito Leste Oeste pós Segunda Guerra Mundial, ambiente artificialmente criado por “engenheiros sociais” do Establishment oligárquico, que surge o movimento ambientalista de massas, com o principal propósito de impor a falaciosa ideia da impossibilidade física de que todos os países do mundo possam desfrutar de elevados níveis de desenvolvimento e justiça social. Como a ideia não poderia ser imposta de forma externa ou à força, era preciso que suas próprias vítimas a internalizassem em seu próprio arcabouço mental sob uma forma disfarçada e mais “palatável”. Temos, assim, um colonialismo de um novo tipo, que se reconheça, é bem mais eficiente que o modelo tradicional, porque força os indivíduos subjugados a organizar-se contra os interesses da própria nação, bastando ao novo poder colonial difundir e canalizar os conceitos e crenças que alimentam as mentes colonizadas.

https://outraspalavras.net/outrasmidias/tecnoutopias-libertacao-ou-armadilha-neocolonial/

Os propósitos dessa nova forma de colonialismo parecem nada se diferir do anterior: o controle de recursos das fontes de recursos naturais estratégicos como minerais, fontes de energia e alimentos, e o bloqueio do crescimento populacional e do desenvolvimento dos povos submetidos ao processo, impedindo-os de competir pelo uso de seus próprios recursos naturais limitados, dentro do conceito de escassez, que está na raiz do ambientalismo. Estabelecendo reservas naturais e indígenas de grandes dimensões, dificultam ou impossibilitam, tanto a exploração dos recursos naturais nela existentes, como a implementação de projetos de infraestrutura, principalmente energéticos e viários. Com isso logra-se um controle geopolítico sobre vastos territórios que, embora permaneçam formalmente sob a soberania dos Estados, na prática seu destino fica atrelado a desígnios externos de entidades supranacionais.

Assim, em lugar de tropas de ocupação, de manutenção onerosa e politicamente insustentável, os velhos centros coloniais passaram a mobilizar uma série de “forças irregulares”, como fundações e ONGs engajadas em causas tornadas populares.

As ONGs influenciam a sociedade principalmente através da mídia, meio pelo qual estimulam a conscientização sobre a preservação da natureza, para estas e as futuras gerações. Exercem sua influência sobre as Organizações Internacionais - OIs, onde conquistam cada vez mais espaço e colaboram com o fornecimento de dados obtidos através de pesquisas realizadas por seus membros, atuando com status consultivo. Também influenciam os Estados, principalmente através de pressões, para que estes invistam recursos na proteção ambiental, de modo a alterar as normas internacionais sobre o meio ambiente.

Escreve Rafael Duarte Villa, 2001, “esses atores transnacionais, não contando com meios específicos de força, tendem a colocar como barganha a influência, i. é, organizam a criação de um consenso transnacional em torno do fim procurado, de modo a gerar diferentes demandas ao subsistema interestatal, servindo-se de meios variados (modernos recursos de telecomunicações, passando pelas ações de efeitos, nas quais se especializaram os grupos ecológicos, até os apelos à retórica, que lhes permite o espaço aberto pela institucionalização de algumas ideias social-filosóficas, como “desenvolvimento sustentável” ou “herança comum da humanidade”.

Continua Villa, “existem métodos de ação amplamente utilizados pelas ONGs para influenciar e pressionar os Estados a agir na defesa do meio ambiente: sensibilizar a opinião pública, para que exerça pressão sobre os responsáveis pela decisão e execução de projetos e políticas, e ação direta, que consiste muitas vezes na execução de ações nos próprios lugares onde se desenvolvem os projetos considerados não-procedentes.

Guido F. S. Soares, 2003, transcreve: “em 1972 na Conferência de Estocolmo, as ONGs ganharam espaço extraordinário na mídia mundial e passaram a impor-se com pujança e destemor, por vezes opondo-se aos representantes oficiais dos Estados nas reuniões internacionais, com a nítida convicção de representar a opinião pública do cidadão do mundo diante dos Estados, já que elas, as ONGs, são importantes fatores de formação e conscientização pública mundial sobre as questões ambientais internacionais.

Origem das ONGs – Organização Não Governamental

O termo ONG só começou a ser utilizado na década de 1940 pela ONU, no contexto do final da Segunda Guerra Mundial. Nos anos 1970 assumiram características de organizações privadas na luta por direitos sociais. Na década de 1990 aconteceu uma expansão das ONGs com o aumento na formação de parcerias e voluntariado. A partir daí ganharam força e visibilidade como organizações que atuam complementando a atuação do Estado nos projetos sociais. Nessa década, no Brasil, em um contexto de privatização e dificuldade de acesso a direitos básicos, as ONGs ganharam mais força na busca pelo bem-estar, chegando a receber recursos públicos para assumir parte das funções do Estado. Em 2021, já existem cerca de 237.000 Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos no Brasil.

São associações civis, com objetivos específicos, através dos quais a sociedade se organiza e influencia os Estados a efetivarem determinadas demandas, podendo agir em âmbito nacional ou global. Se caracterizam por ser independentes do Estado, não possuir fins lucrativos e perseguir objetivos bem definidos. As ONGs ambientais encontram respaldo internacional, pelo fato de a proteção do meio ambiente ter um fim globalmente almejado, sendo inclusive um dos objetivos propostos pela ONU.

Embora não possuindo capacidade jurídica para celebrar tratados internacionais, são sujeitos influentes nas relações exteriores e se mostram cada vez mais atuantes.

Dentre inúmeras ONGs internacionais de proteção ambiental, destacam-se a UICN, a WWF e o Greenpeace. Na atualidade, são as ONGs que mais participam das relações internacionais, influenciando a opinião pública e propondo modificações no direito internacional ambiental, sempre na defesa dos recursos naturais.

Greenpeace - fundada no Canadá em 1971, tendo expandido rapidamente para a Europa com a criação do Greenpeace Internacional, com sede em Amsterdã/Holanda. Sua principal função é iniciar e gerenciar campanhas e programas a ser realizados em escala mundial, repassando aos escritórios nacionais. Em 2006, fazia-se presente em 41 países.

UICN - União Internacional para a Conservação da Natureza e seus Recursos, sediada na Suíça, foi criada em 1948, em Fontainebleau/França. Destaca-se por possuir como membros não só pessoas de direito privado, como também governos e entidades públicas. Considerando sua estrutura e produção de dados e modelos de normas, tem, certamente, influência sobre os principais acordos internacionais ambientais.

WWF – criada em 1961, hoje desenvolve suas ações em mais de 90 países. Durante a Conferência das Nações Unidas, Rio+20, pressionou os governantes de diversos países a assinar convenções sobre biodiversidade e mudanças climáticas. Atualmente pressiona os países signatários da referida convenção para uma efetiva aplicação das disposições acordadas.

Liberdade das ONGs

O Conselho da Amazônia, criado para coordenar as ações federais de proteção à floresta, indicou, em documento oficial, a possibilidade de controlar o trabalho de ONGs na Amazônia, segundo os “interesses nacionais”. Mais de 70 organizações ambientais, entre elas Greenpeace, WWF, Fundação Tide Setúbal e SOS Mata Atlântica, assinaram uma carta criticando a intenção do governo: “a atuação de organizações da sociedade civil é a expressão viva do pluralismo de ideias e sua liberdade está garantida na Constituição. Querer controlá-la é, em última instância, tentar silenciar liberdades constitucionais, afirma o documento intitulado “Garantir a liberdade das ONGs é defender o interesse nacional”.

Concluindo: em 1992, mais de 500 cientistas de todo ou mundo divulgaram a Declaração de Heidlberg, entregue aos chefes de Estado presentes à Conferência Rio-92: “Na alvorada do século 21, nós nos preocupamos com a emergência de uma ideologia irracional, que se opõe ao progresso científico e industrial e bloqueia o desenvolvimento econômico e social ... Subscrevemos plenamente os objetivos de uma ecologia científica para um universo cujos recursos sejam avaliados, monitorados e preservados. Porém, exigimos que essas avaliações, monitoramento e preservação se baseiem em critérios científicos e não em preconceitos irracionais” (disponível no sítio do Science and Environmental Policy Project, www.sepp.org).

Em participação de audiência pública na Comissão de Relações exteriores de Defesa Nacional, o vice-presidente Mourão afirmou: 84% da Amazônia está com suas florestas nativas em pé, e que os países desenvolvidos não preservaram as suas florestas.

O Brasil parece ter cumprido sua lição de casa ambiental com mais eficiência. O que necessitamos efetivamente é criar um grupo de notáveis para melhorar/apresentar dados e provas da capacidade de gerenciamento de nossas riquezas biodiversas, cuidando para evitar ingerências em nossa soberania nacional.

Por Edson Silva, 17 dezembro 2022.

Fonte de consulta

1.file:///C:/Users/home/Downloads/79179-313038-1-SM.pdf

2.https://www.significados.com.br/colonizacao/#:~:text=Coloniza%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9%20o%20processo%20pelo,de%20pa%C3%ADses%20europeus%20e%20asi%C3%A1ticos.

3https://www.portaldoimpacto.com/como-surgiram-as-ongs-no-mundo?gclid=CjwKCAiAy_CcBhBeEiwAcoMRHL79prT_n451Y42vNTw6Wtbs5iIbLeoVzqf3wfxAgmvJkisYZAemshoCbp4QAvD_BwE

4https://carollinasalle.jusbrasil.com.br/artigos/143480891/atuacao-das-organizacoes-nao-governamentais-ambientalistas-uma-perspectiva-internacional#:~:text=Dentre%20in%C3%BAmeras%20ONGs%20internacionais%20de,na%20defesa%20dos%20recursos%20naturais.

https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/15-900-ongs-atuam-na-amazonia-maior-parte-delas-dedicada-a-religiao/

https://www.camara.leg.br/noticias/830920-mourao-diz-que-nao-tem-funcao-executiva-nas-acoes-de-preservacao-ambiental/

https://exame.com/esg/o-que-esta-em-jogo-na-disputa-entre-governo-e-ongs-na-amazonia/

Máfia Verde 2 – Ambientalismo, novo colonialismo, Lino, Geraldo Luís et all, editora Capax Dei, 2005.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Hidrovias e portos fluviais – importante modal de transportes ainda pouco explorado no Brasil

 O transporte das riquezas brasileiras - Portos do Arco Norte e Portos do Arco Sul

O foco da exportação nacional tem historicamente concentrado sua atenção nos portos litorâneos do centro-sul do Brasil. Quero aqui destacar o conceito, portos do Arco Sul e Arco Norte, salientando o menos conhecido, porém de mais evidente crescimento no quesito exportação de grãos do cerrado brasileiro, o mais novo celeiro de alimento global.

Enfatizo nesse texto as hidrovias e sistemas portuários, muito utilizados em países que priorizam o menor custo-benefício para sua produção e o custo de manutenção de suas vias de transporte. O Brasil-interior recebeu atenção da EMBRAPA, encontrou o espírito empreendedor dos investidores no agronegócio. Espera agora a ação governamental para pavimentar a infraestrutura hidroviária/ferroviária/rodoviária. O Brasil e o brasileiro querem fazer chegar sua produção ao mercado interno e internacional a preços mais competitivos e justos.

Com dimensões continentais, uma larga extensão Norte-Sul e Leste-Oeste, o Brasil necessita uma ampla rede articulada que ligue os diversos pontos do território nacional propiciando melhor deslocamento de pessoas e mercadorias.

Para também ampliar os processos de importação e exportação, é fundamental oferecer condições de transporte que favoreçam tanto o meio agrário quanto o meio industrial para exercer suas funções sociais. A principal estratégia de governo, especialmente a partir de JK foi priorizar a estruturação do sistema rodoviário em detrimento do estímulo aos modais ferroviário e hidroviário.

A extensa malha rodoviária implantada nesse país continental hoje tem um custo de manutenção mais elevados que os demais meios, além de um maior gasto com combustíveis e veículos. A qualidade das estradas/rodovias é ruim e não conseguem atender o ritmo crescente de nossa produção de agronegócios e industrial.

Hidrovias no Brasil

O transporte aquaviário engloba os modais marítimo, fluvial e lacustre. A navegação interior contempla os rios, lagos, canais, lagoas, baías, angras, enseadas e áreas marítimas consideradas abrigadas.

O transporte hidroviário é o que possui a menor representatividade e participação nos sistemas de deslocamento nacional, apesar do grande potencial que o país possui para esse modal. Nossa rede hidroviária é muito ampla e muitos rios são navegáveis sem sequer exigir grandes empreendimentos. É certo que, os rios de planície, mais facilmente navegáveis encontram-se em áreas afastadas dos grandes centros econômicos. É correto afirmar também que, os rios de planalto, que são mais acidentados, exigem mais obras de correção para facilitar o transporte. No entanto, são a médio e longo prazo mais viáveis para o sistema de transportes no Brasil.

Transporte hidroviário Interior - THI

A utilização dos rios como vias de transporte estão a muito na história da humanidade, aproveitando as correntes naturais dos rios. No início do século VI a construção do Grande Canal artificial da China, considerado o primeiro canal para a navegação fluvial. Com uma extensão de 2.500 km, foi concluído no século XIV. No século X, a China já via no conceito da eclusa uma solução para transformações e uma oportunidade de viabilizar a navegação nos rios.

O período compreendido entre as duas revoluções Industriais ficou marcado pela limitação do transporte hidroviário interior assentado no sistema de canais e do transporte de longa distância. Nessa época, principalmente na Europa, as ferrovias tornaram-se concorrentes à navegação pelos canais, constituindo um novo modal a impulsionar o desenvolvimento dos países europeus.

THI no Brasil

No Brasil, quando os portugueses chegaram construíram base de apoio na costa e projetaram a ocupação em direção ao interior do País, demandando maior utilização do THI. Apesar de não possuírem todos os trechos navegáveis, os rios brasileiros, principalmente os amazônicos, são volumosos e, por isso, eram considerados como as vias de menor custo de manutenção.

Com o aumento da produção no interior da região Sudeste, houve a necessidade de expedições exploratórias identificarem meios mais adequados de comunicação entre MG, RJ, BA e ES. A vila de Cuiabá/MT, foi o ponto de partida para o conhecimento dos rios Madeira, Pará e Tapajós, em direção ao norte, como dos rios Cuiabá, Paraná e Tiete, em direção a São Paulo.

Com o objetivo de administrar essa imensidão hidroviária, foi criada a Divisão Hidrográfica Nacional, instituída pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos, que estabeleceu doze Regiões Hidrográficas no Brasil: a Amazônica, do Paraná, do Paraguai, do Uruguai, do Tocantins-Araguaia, do São Francisco, do Parnaíba, as do Atlântico Nordeste Ocidental, Nordeste Oriental, Leste Sul e Sudeste.

Além de o País, principalmente a região Norte, apresentar características geográficas que favorecem o transporte aquaviário, este é apontado como o mais barato e o menos poluente, comparado aos modais ferroviário e rodoviário. É também indicado para mover grandes volumes a grandes distâncias.

Obs: a região Hidrográfica Amazônica ocupa 45% do território Nacional (3,8 milhões de quilômetros quadrados, ANTAQ, 2013), abrangendo os estados do Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima, Amapá, Pará e Mato Grosso, e conta com rios de grande abundância de água, como o Amazonas, Solimões, Madeira e Negro.

Portos do Brasil

https://www.researchgate.net/figure/Figura-4-Corredores-logisticos-de-exportacao-do-Brasil-com-enfase-no-Mato-Grosso-Fonte_fig1_326719477

Segundo a ANTAQ, há 175 instalações portuárias de carga no Brasil. Desses, 76 portos estão localizados no interior do Brasil, fora da costa litorânea, que se servem das bacias hidrográficas. O PIB do Brasil, em 2020, foi de US$ 1,444 trilhões (IBGE), dos quais 25% foram oriundos do comércio internacional, portanto, passando pelos nossos sistemas portuários.

 

Porto

Localização

Movimento de carga

Principal produto

exportação

Arco

1

Terminal de Ponta da Madeira (Itaqui)

São Luiz/MA

182.361 milhões de toneladas

Minério de ferro

Norte

2

Porto de Santos

Santos/SP

113.279 milhões de toneladas

Contêiners de variadas cargas

Sul

3

Porto de Tubarão

Vitória/ES

64.139 milhões de toneladas

Minério de ferro

Sul

4

Porto de Angra dos Reis

Angra dos Reis/RJ

64 milhões de toneladas

Petróleo e derivados

Sul

5

Terminal aquaviário de São Sebastião

São Sebastião/SP

54.469 milhões de toneladas

Petróleo e derivados

Sul

 Fonte: Anuário ANTAQ, 2021

Portos Arco Norte – transporte de grãos

O Arco Norte compreende eixos de transporte que levam a portos das regiões Norte e Nordeste situados acima do paralelo 16º S. As instalações portuárias compreendem os portos de Porto Velho (RO); Portos do rio Madeira, Manaus/Itacoatiara (AM); Itaituba/Muritituba (PA); Santarém (PA); Barcarena (PA); Santana (AP); Itaqui (MA); Salvador (BA); Pecém (CE) e Suape (PE).

Estudo realizado pela Confederação de Agricultura e Pecuária (CNA), as exportações de soja e milho pelos portos do Arco Norte totalizaram 42,3 milhões de toneladas em 2020, um aumento de 487,5% em relação a 2009. Evidencia-se assim a mudança de eixo de escoamento da safra do Centro-Oeste, que anteriormente seguia, em sua maior parte, pelos portos de Santos e Paranaguá. A meta do Governo Federal é atingir um volume de exportação de grãos, no Arco Norte, da ordem de 60 milhões de toneladas/ano a partir de 2025

A movimentação de cargas (2020) do Arco Norte passa a responder por 50% das exportações de milho e soja, principalmente para a Ásia e a Europa, de maneira que há uma urgência para promover a integração dos modais hidroviário, ferroviário e rodoviário, a fim de fomentar o conceito de multimodalidade e o equilíbrio da matriz de transporte brasileira. Nesse contexto, o Transporte Hidroviário Interior apresenta-se como um modal estratégico e de grande potencialidade.

Os principais produtos movimentados pelas hidrovias da região Amazônica são o minério de ferro, a soja, o milho, o ferro-gusa, e os produtos de exploração florestal. A agência Nacional de Transportes Aquaviário – ANTAQ, estimou para 2030, uma movimentação de 220 milhões de toneladas para a região, o que vai demandar para os órgãos responsáveis priorizar ações e investimentos que propiciem uma ampliação dos trechos navegáveis e uma navegação mais segura.

Hidrovia do Madeira

Esse importante via fluvial atravessa três (3) municípios no Estado de Rondônia e oito (8) municípios no Estado do Amazonas. Formado pela confluência dos rios Beni e Mamoré estende-se por cerca de 1.425 quilômetros até a foz no rio Amazonas, próximo a Itacoatiara. Navegável por uma extensão de 1.086 km, tem largura que varia de 440 metros a 10 Km. Permite navegação de grandes comboios, com até 18.000 toneladas, mesmo durante as estiagens. De fevereiro a maio, as condições de navegação são boas.

A hidrovia garante uma conexão vantajosa entre a região Centro-Oeste e os mercados europeu, norte-americano e asiático. Além de sua importância para o desenvolvimento regional, é o principal meio de escoamento da produção de grãos (soja e milho) proveniente das plantações do Centro-Oeste. Os grãos chegam a P. Velho depois de um percurso de 800 Km pela rodovia 364 e seguem em comboios integrados até o terminal hidroviário de Itacoatiara/AM, ou no Porto de Santarém, no rio Tapajós, onde a carga é transferida para navios de longo curso.

Segundo a ANTAQ, foram transportadas, em 2019, pela hidrovia do Madeira, cerca de 7.016 milhões de toneladas de grãos de origem vegetal, entre os grãos do complexo soja (4.327 milhões de toneladas), e cereais (2.688 milhões de toneladas).

Hidrovia do Teles-Pires Tapajós

A bacia do Tapajós está localizada em meio aos estados de Mato Grosso, Pará, Amazonas e Rondônia. Importante rota para a exportação de produtos agrícolas provenientes da região Centro-Oeste, seguindo para instalações portuárias de Santarém, podendo seguir adiante pela hidrovia do Amazonas até Barcarena/PA ou Santana/AP, onde são embarcados em navios de longo curso com destino ao exterior.

A hidrovia tem uma área navegável de 662 km, distribuídas em três trechos, intercalados por corredeiras, cachoeiras e afloramentos rochosos. Sofrendo devidas intervenções (barragens, derrocamentos e eclusas) permitirão transitar 1.043 km, desde sua foz em Santarém/PA até a região Cachoeira Rasteira/MT.

Os comboios permitidos no Tapajós têm 210 metros de comprimento e 32 metros de boca, com 3 metros de calado e 900 toneladas de carga. Já no Teles-Pires, a largura dos comboios é de 21,34 metros, com comprimento de 210 metros e 3 metros de calado. Os principais portos são o de Santarém (margem direita do rio Tapajós) e o de Itaituba.

Concluindo: os portos fluviais do Arco Norte, que no final do século XIX e início do XX, tiveram atuação marcante na economia do Brasil, com a comodities borracha, recebe novo destaque global pelo marcante crescimento de embarque de grãos para o mercado internacional. Uma ampla rede articulada rodovia/ferrovia/hidrovia será parte integrante do desenvolvimento dessa nova fronteira agrícola. O Transporte Hidroviário Interior cada vez mais fará parte de nossa realidade, em especial na nossa Amazônia, onde veremos uma crescente participação de produção do agronegócio em nosso Bioma Cerrado.

Por Edson Silva, 14 de dezembro de 2022.

Fonte

https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/transportes-no-brasil.htm

https://ambientes.ambientebrasil.com.br/agua/recursos_hidricos/hidrovias_no_brasil.html

https://www.marinha.mil.br/egn/sites/www.marinha.mil.br.egn/files/035%20CPEM2021_TESEFINAL_VELASQUEZ.pdf

https://brasil61.com/n/movimentacao-portuaria-no-arco-norte-atinge-50-da-producao-de-milho-e-soja-em-2020-pind212645

https://titaniacomex.com.br/portos-do-brasil-quais-os-principais/

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Como o Brasil está inserido no mundo atual e como podemos contribuir alimentando a quem tem fome?

O Brasil no mercado mundial de commodities

Nos últimos cinquenta anos o setor agropecuário foi a atividade econômica que mais cresceu na economia do Brasil, com ganhos sucessivos de produtividade. A safra agrícola de 2019 representou um novo recorde de produção de grãos, com 240 milhões de toneladas produzidas em uma área de 63 milhões de hectares, apenas 7% do território nacional.

O agronegócio gerou emprego e renda. Foi capaz, ao longo do tempo, de reduzir o preço dos alimentos, ocasionando o que seria talvez o maior programa de redistribuição de rendas no Brasil. Desde 1970, o preço da cesta básica caiu quase 75%, resultado que subsidiou todas as famílias. A população ocupada no campo está em 18 milhões de pessoas (2019), que representam 20% do mercado de trabalho. São cidadãos que pagam impostos e promovem o desenvolvimento regional, preservando o meio ambiente e produzindo alimentos.

Arquivo pessoal

A expansão agropecuária contribuiu para a interiorização do Brasil. Durante muito tempo, as terras do Planalto Central, eram conhecidas como “campos cerrados”, terras inadequadas ao sustento agrícola. Após a criação da EMBRAPA (1973), com a correção da acidez dos solos e melhoramento genético, o Cerrado foi incorporado à produção. Esse Bioma cobre 204 milhões de hectares, uma área superior ao cinturão do milho americano, equivalente a 73% do território argentino ou 3,7 vezes a superfície da França.

Não canso de pedir “salvas de palmas” a um dos maiores brasileiros de todos os tempos – Alysson Paulinelli. Nos anos 1975/79 modernizou a EMBRAPA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e promoveu a ocupação econômica do Cerrado, quando Ministro da Agricultura.

A ciência foi, e continua sendo, o pilar de toda a transformação.

Pecuária/carnes

Efetivos de animais da pecuária (2022)

Bovinos

Plantel

Suínos

Plantel

São Felix do Xingu/PR

2.468.764

Toledo/PR

869.222

Corumbá/MT

1.838.542

Uberlândia/MG

638.650

Marabá/PA

1.478.451

Rio Verde/GO

428.090

Porto Velho/RO

1.353.947

Concórdia/SC

427.700

Cáceres/MT

1.161.605

TapurahMT

422.891

Total

224.602.112

Total

42.538.652

 

Galináceos

Plantel

Galinhas

Plantel

Cascavel/PR

20.020.000

Santa Maria de Jetibá/ES

14.001.686

Santa Maria de Jetibá/ES

16.133.306

Bastos/SP

11.042.000

Itaberaí/GO

14.450.200

São Bento do Una/PE

4.550.000

Cianorte/PR

14.149.464

Primavera do Leste/MT

4.411.423

Bastos/SP

13.491.850

Itanhandu/MG

2.945.000

Total

1.530.668.972

Total

255.603.607

 

Caprinos

Plantel

Ovinos

Plantel

Casa Nova/BA

585.823

Casa Nova/BA

511.564

Floresta/PE

350.000

Remanso/BA

331.804

Petrolina/PE

272.000

Santana do Livramento/RS

300.026

Juazeiro/BA

227.684

Dormentes/PE

291.000

Pilão Arcado/BA

209.713

Juazeiro/BA

232.985

Total

11.923.630

Total

2.0537.474

 

Arquivo pessoal

- Com 224,6 milhões de cabeça de gado, o rebanho bovino do Brasil bateu o recorde da série histórica, iniciada em 1974. O município de São Felix do Xingu/PA concentra o maior rebanho bovino (2,5 milhões de cabeças);

Até agosto de 2020, o Brasil havia exportado 1.294.274 toneladas de carne bovina, com receita de US$ 5,44 bilhões. Até agosto de 2021, o país exportou 1.283.641 toneladas com receita de US$ 6,26 bilhões (SECEX/DECEX).

Em 2021, a demanda doméstica cairia 8%, para algo em torno de 6,9 milhões de toneladas, devendo recuperar 1% para o ano seguinte. Os preços da pecuária e da carne bovina permanecerão elevados em 2021/22, devido a demanda global por carne e a uma moeda nacional relativamente desvalorizada que favorece as exportações do produto.

Segundo a ABRAFRIGO, A China mais Hong Kong continuam sendo o principal destino da carne bovina brasileira, respondendo por 59,2% da receita e volume exportado. EUA (13,6%), Chile (12,8%), Egito (7,2%), Filipinas (7,2%) fecham o top 5 dos maiores importadores.

Apesar do ano de 2022, marcar: um cenário político instável, junto com a eleições presidenciais, colheitas imprevisíveis devido à instabilidade climática e à mudança da produção pecuária para a agrícola, e a possível redução da demanda chinesa por carne suína e bovina, a exportação de carne bovina deve alcançar a marca de 12,0 milhões de toneladas, uma expectativa de aumento de 4% nas vendas frente a 2021. O Brasil além do maior exportador, deve apresentar o maior crescimento relativo comparado aos principais concorrentes, somando 2,68 milhões de toneladas em equivalente carcaça (22,2% do total comercializado no mundo), segundo dados do USDA.

Em entrevista no Giro do Boi, 10 de fevereiro de 2022, Mauricio Nogueira, coordenador do Rally da Pecuária, afirma:” nosso rebanho está superestimado no anuário DBO. Pondera que o real número do rebanho gira em torno de 190 milhões de cabeças. Baseia seus estudos sobre os números do Censo, da Pesquisa Pecuária Municipal – PPM, e da Pesquisa Pecuária Trimestral”. Não encontrei nenhum outro estudo que confirmasse os números apresentados pelo consultor.

Soja

Semente oleaginosa da família das leguminosas, rica em compostos fenólicos, como a isoflavona, com ação semelhante aos estrógenos humanos. Rica em oxidantes, ajuda a proteger o organismo e prevenir algumas doenças crônicas. Pode ser consumida na forma de grãos, também como farinhas, bebidas vegetais, tofu, proteína de soja, molho de soja, óleo de soja, ...

Aposta do Brasil nesse commodities

A exportação da soja foi introduzida comercialmente na década de 1960, no Rio Grande do Sul, e nos últimos 50 anos, expandiu-se para todas as regiões do país. Destaque para o crescimento do plantio nos cerrados do Centro-Oeste e, mais recentemente, para as regiões do Norte e Nordeste.

Em 22 anos, a área de soja no Brasil passou de 11,3 milhões de hectares para pouco mais de 35.7 milhões de hectares, avanço de 216%. A produtividade, que cresceu 43% desde 1.997 até hoje, passando de 39, sacas para 56,6 sacas. Esses dois fatores fizeram com que o Brasil conseguisse uma produção, em 2019, de quase 120 milhões de toneladas – em 1.997 a colheita nacional foi de 26,1 milhões de toneladas.

Produtividade/área

Nos últimos anos a pesquisa brasileira tem alertado para a importância de se ampliar a produtividade, não só para gerar uma rentabilidade maior por hectare, mas também porque a oferta de novas áreas começa a chegar no limite. As áreas com pastagem degradadas ainda apontam uma opção para a agricultura avançar em termos de áreas, mas isso depende da adaptação do solo em áreas sem histórico com a agricultura.

Plantio direto, correção do solo, métodos para a melhoria do solo, aposta em sementes de qualidade, monitoramento e cuidados, uso da inteligência artificial na produção de grãos (agricultura 4.0), tecnologias inovadoras para a detecção de fungos em grãos, são processos tecnológicos que levaram o Brasil a despontar como primeiro na produção e exportação da soja.

Fatores que levaram à expansão da cultura:

·   Alta expressividade da cotação da soja no mercado internacional, a partir de meados dos anos 70, tornando o grão competitivo no mercado internacional;

·         Facilidades da mecanização total da cultura;

·         Estabelecimento de uma rede de pesquisa de soja articulada;

·         Substituição das gorduras animais, por óleos vegetais;

·         Demanda por soja na ração para a então produção de suínos e aves;

·         Política agrícola de incentivo a produção, principalmente o crédito agrícola;

·    Eficiente rede privada no suprimento de insumos (sementes, corretivos, inoculantes, fertilizantes e agrotóxicos;

·         Agricultores empreendedores competentes e com capacidade gerencial.

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Soja em números – expressividade do Brasil

Safra 2021/22

Produção/milh. de ton.

Área plantada/milh. ha

Produtividade Kg/ha

Fonte

No mundo

355.588

130.935

 

USDA/PSD 11/2022

Brasil

123.829,5

40.921,9

3.026

CONAB 05/2022

EUA

121.528

34.929

3.480

USDA/PSD 11/2022

Mato Grosso

39.961,1

10.909,4

3.663

CONAB 05/2022

Paraná

12.104,1

5.680

2.131

CONAB 05/2022

R.G.S.

9.727,7

6.358

1.530

CONAB 05/2022

Goiás

17.290

4.394

3.958

CONAB 05/2022

Embrapa

Movimento da produção de soja brasileira (estimativa)

 

Volume milh. toneladas

Valor bilhões de US$

Fonte

Consumo interno grão

47.781

 

Abiove/2021

Exportação grão

86.100

38.628

Agrostat/2021

Exportação farelo

17.150

7.343

Agrostat/2021

Exportação óleo

1.650

2.016

Agrostat/2021

Total exportado

 

47.989

Agrostat/2021

Embrapa

Maiores importadores, primeiro semestre de 2021

O quadro mostra a evolução das negociações, 2020 e 2021 com suas variações, tomando como base nossos mais importantes parceiros comerciais na exportação da oleaginosa brasileira. A China participou com 68,9% da receita de exportação de soja em grãos, o segundo país, a Espanha com apenas 4% do total.


O quadro acima mostra a evolução da exportação experimentada pelos países produtores, nas safras 2020/21 e 2021/22.

Concluindo: o Brasil desconhecido da maioria da grande massa do povo brasileiro tem produção ímpar. Em todo esse rincão verde amarelo presenciamos a riqueza da qualidade de seu solo, a generosidade em oferta de água, um nível de insolação exuberante, que nos possibilitou abarcar seis dos nove mais importantes biomas do globo. Nesse ambiente favorável os commodities que fizeram e fazem parte da história de nosso Brasil ainda permeia algo ignorado de nossa gente. Os ciclos do pau-brasil, cana de açúcar, borracha, café, cacau, e mais modernamente, pecuária, laranja, milho, celulose, soja, passam como que despercebido por nós, brasileiros comuns, porém notado e olhado com ciúmes por outros povos. Meus patrícios vamos valorizar a terra que Deus nos deu, vamos proteger, zelar, e explorar de forma sustentável. Agregar valor aos nossos commodities é o grande desafio de nossa geração. A ciência é o grande pilar de nossa transformação.

Deus guie o nosso Brasil.

Por Edson Silva, 07 de dezembro de 2022.

Fontes de consulta

https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/34983-em-2021-o-rebanho-bovino-bateu-recorde-e-chegou-a-224-6-milhoes-de-cabecas#:~:text=Com%20224%2C6%20milh%C3%B5es%20de,35%2C3%20bilh%C3%B5es%20de%20litros.

https://www.farmnews.com.br/mercado/exportacao-de-carne-bovina-em-2022-deve-renovar-maxima-dados-por-pais/

https://www.pecsite.com.br/paises-importadores-de-carne-bovina-no-primeiro-bimestre-de-2022/

https://www.comprerural.com/top-5-maiores-importadores-de-carne-bovina-brasileira/

https://www.girodoboi.com.br/destaques/afinal-qual-e-o-real-tamanho-do-rebanho-bovino-brasileiro-e-por-que-e-importante-saber/

https://www.embrapa.br/soja/cultivos/soja1/dados-economicos

https://www.fazcomex.com.br/comex/exportacao-de-soja/

https://www.farmnews.com.br/mercado/maiores-importadores-de-soja-6/