Moisés - três gerações contemplaram a promessa de uma terra a um povo escolhido.
A desafio
pessoal que me trouxe à Rondônia no ano de 1979 motivou esse ensaio. Hoje com
três filhos nascidos na terra, que entendi a mim prometida, e que defendo como
o torrão que Deus me deu. Uma aliança selada a mais de quarenta anos impõe esse
compromisso que une minha família à essa promessa divina, que vai além da minha
geração. Nisso vai uma reflexão, qual o tempo que corresponde uma geração? A Bíblia
me serviu de bussola para essa elucidação.
https://bibliotecadopregador.com.br/quantos-anos-dura-uma-geracao/
As marcas de uma geração
- Assim se ascendeu a ira do
Senhor contra Israel, e fê-los andar errantes até que se consumiu toda aquela
geração, que fizera mal aos olhos do Senhor. (Números 32:13);
- E comeram os filhos de
Israel maná quarenta anos, até que entraram em terra habitada, comeram maná até
que chegaram aos termos da terra de Canaã (Êxodos 16:35);
- E foram os dias que Davi
reinou sobre Israel quarenta anos: sete anos reinou em Hebron e em Jerusalém
reinou trinta e três anos (1 Reis 2:11);
- E o tempo que reinou Salomão
em Jerusalém sobre todo o Israel foram quarenta anos (1 Reis 11:42).
Moisés e suas três gerações
A vida de Moisés se divide em
três períodos de 40 anos, cada um representando a preparação para algo
importante.
Primeira fase – Até os 40
anos Moisés aprendeu a ser príncipe na Casa do Faraó do Egito. Essa fase de sua
vida se resume aos conhecimentos seculares adquiridos. Ele recebeu a educação
dos hebreus (sua mãe, sua ama, o instruiu com o legado dos descendentes de
Abraão), ao tempo que também era instruído na ciência e política dos egípcios).
Tinha um cetro que representava autoridade. Mas Deus o queria libertador do
povo hebreu. As circunstâncias (providência Divina) o envolveram em um
assassinado de um egípcio, quando teve que abandonar os benefícios da corte e fugir
para preservar a sua vida.
Segunda fase – Dos 40 a 80
anos Moisés teve que aprender a ser pobre e depender dos outros para alcançar
os seus objetivos – caminhar e sobreviver no deserto, constituir uma família e
cuidar de ovelhas. Assim como Davi, ambos serviram como pastor antes de
assumirem a responsabilidade de conduzir pessoas. Nesse ambiente ele descobriu
o significado das palavras renúncia e humildade. Nessa fase ele renunciou seus
títulos, seus conhecimentos e a sua própria vida e entendeu que ele sozinho não
era capaz de realizar algo tão grandioso. Na experiência desse tempo de deserto
ele aprendeu a liderar e ser profeta de uma Nação.
Terceira fase – Dos 80 aos
120 anos Moisés conduz o povo hebreu com destino à terra Prometida. Nessas
quatro décadas a única coisa que ele tinha era um cajado, o suficiente para
Deus usar e fazer maravilhas aos olhos do povo. Nesse período Deus não usou um
cetro, mas o cajado para conferir autoridade à Moisés. Um homem de oitenta anos
de idade confrontou o rei mais poderoso da época. Os escravos libertados (uns
três milhões de pessoas) não demonstraram confiança em Deus, e por essa razão
foram sentenciados a 40 anos peregrinando no deserto antes de poderem entrar na
terra.
Um dos últimos discursos do
grande líder Moisés (Deuteronômio 30:15-18), “Vê que
proponho, hoje, a vida e o bem, a morte e o mal; se guardas o mandamento que
hoje te ordena, que ames o SENHOR, teu Deus, andes nos seus caminhos, e guarda
os seus mandamentos, e os seus estatutos, e os seus juízos, então, viverás e te
multiplicarás, e o SENHOR, teu Deus, você abençoará na terra a qual passa para
possuí-la. Porém, se o teu coração se desviar, e não quiseres dar ouvidos, e
fores seduzido, e te inclinares a outros deuses e os servires, então, hoje, te
declara que, certamente, perecerás”.
Na fase inicial, na corte
egípcia, por 40 anos sua geração o via um príncipe confiante, desafiando a própria
Lei. Em seguida, depois de 40 anos no deserto ele descobriu o significado da
palavra renúncia (sua segunda geração). Aos 80 anos de idade recebeu a missão
de libertar o povo hebreu da servidão ao Egito, e nessa fase, os que conviveram
uma terceira geração em sua companhia, notaram que se desfez de todo o seu ego,
esvaziou-se de si mesmo a ponto de depender unicamente de Deus.
Nesse
processo de saída do Egito reside o fato fundante, aquilo que determina a
identidade de um povo". Em cada geração da vida Moisés foi como que
moldando o processo de constituição identitária do povo, pela instrução divina
passada ao líder escolhido.
Em cada geração o estabelecimento da
identidade de um povo
Rondônia - A região
conhecida por inferno da América, a mais insalubre da terra, impediu correntes
migratórias. Significa dizer que a região mato-grossense, até Santo Antônio, foi
um presídio a céu aberto. A monção fluvial do porto de Belém (PA) a Vila Bela
(MT) levava dois anos, de ida e volta. Nos trechos encachoeirados, os homens
descarregavam e recalafetavam batelões enfrentando, entre outros riscos, as
infernais picadas de insetos. Teotônio, Jirau e Caldeirão do Inferno eram os
piores trechos desse percurso.
A formação do estado, onde hoje está
Rondônia, teve início no século XVIII, quando os portugueses, partindo de Belém,
subiram o rio Madeira até o rio Guaporé e chegaram ao arraial de Bom Jesus (antigo
nome de Cuiabá) onde descobriram ouro. Nesse período foi construído o Forte
Príncipe da Beira, situado às margens do Guaporé, rio fronteiriço com a
República da Bolívia.
A partir da década de 40 o governo
central cria vários territórios, dentre eles o Território Federal do Guaporé
(13/9/1943), com terras desmembradas do Mato Grosso e do Amazonas. Em 1944
ocorreu a reorganização do mapa do Território do Guaporé, que passou a contar
com dois municípios – Porto Velho e Guajará-Mirim. Em 1956 passa a se chamar
Território Federal de Rondônia, em homenagem ao Marechal Rondon, desbravador
dos sertões de Mato Grosso e Rondônia, responsável pela instalação da primeira
linha telegráfica ligando Porto Velho a Cuiabá.
Nessa primeira fase de ocupação os
rios e a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré exerceram papéis determinantes quanto
ao desafio de desbravamento e criação de pequenos núcleos urbanos, quando então
foi iniciada (no Gov. JK) a abertura da rodovia Brasília-Acre, BR 029, hoje BR
364.
Os surtos migratórios do final da
década de 70 ao longo da BR 364, os garimpos de cassiterita e pedras preciosas,
a crise estrutural do sistema de territórios federais, foi determinante para
desencadear campanhas em prol da elevação de Rondônia à categoria de Estado.
A saga dos pioneiros abrindo picadas,
criando rotas e caminhos, em busca de um espaço físico para colonizar,
estabelecer a família com segurança, e produzir riqueza para sua manutenção foi
o desafio de muitos desbravadores/colonizadores/desvairados pioneiros da
Amazônia ocidental.
Dentro do planejamento do governo
central, à época militar, Rondônia era um espaço vazio a ser ocupado: “Amazônia
seria uma terra sem gente para uma gente sem terra”, slogan do então presidente
Médice.
Missão, estruturar base para formação
de um novo Estado
Em 10 de
abril de 1979 pisa no território o coronel do Exército Jorge Teixeira, após
experiências bem-sucedidas na Amazônia – criação do CIGS (Centro de Treinamento
de Guerra na Selva), comandante do Colégio Militar de Manaus, Prefeito de
Manaus. Nomeado governador do Território Federal de Rondônia define a estrutura
básica institucional para dar suporte a sua administração – Lei n. 6.669 de 7
de julho de 1979, que dispunha sobre a criação dos órgãos de Assistência Direta
ao governador
Em 22 de
dezembro de 1981, através da Lei Complementar n. 41/1981, é criado o Estado de
Rondônia, e em 04 de janeiro de 1982 é instalado, tendo como seu primeiro
Governador o Coronel Jorge Teixeira
Rondonianos
- uma geração presente na implantação da formação do Estado de Rondônia
No ano de 1979
Rondônia estava dividido nos municípios de Porto Velho, Guajará-Mirim, Ariquemes,
Ji- Paraná, Cacoal, Pimenta Bueno e Vilhena. Com a criação do Estado (1981)
surgiram Colorado do Oeste, Espigão do Oeste, Presidente Médice, Ouro Preto do
Oeste, Jaru e Costa Marques. No ano de 1984 foram criados Rolim de Moura
e Cerejeiras; em 1986 os municípios de Santa Luzia do Oeste, Alta
Floresta do Oeste e Alvorada do Oeste; no ano de 1989, Machadinho do
Oeste, Nova Mamoré, Nova Brasilândia do Oeste, Cabixi, São Miguel do Guaporé;
em 1993, Alto Paraíso, Cacaulândia, Campo Novo de Rondônia, Candeias do
Jamari, Castanheira, Corumbiara, Governador Jorge Teixeira, Itapuã do Oeste, Ministro
Andreazza, Mirante da Serra, Monte Negro, Novo Horizonte do Oeste, Rio Crespo
Seringueiras, Theobroma, Urupá, Vale do Paraíso; no ano de 1997 os
municípios Alto Alegre dos Parecis, Cujubim, Nova União, Parecis, Primavera de
Rondônia, São Felipe do Oeste, Teixeirópolis, Vale do Anari, Buritis, Chupinguaia,
Pimenteiras do Oeste, São Francisco do Guaporé.
Crescimento populacional
Ano |
Migrantes/População |
1.977 |
3.140 |
1.978 |
12.658 |
1.979 |
36.791 |
1.980 |
49.205 |
1.981 |
60.618 |
1.982 |
58.052 |
1.983 |
92.723 |
1.984 |
153.377 |
1.985 |
151.684 |
1.986 |
165.527 |
Total |
783.527 |
(SEPLAN-RO/CETREMI Estimativa da FIERO18/1995 apud CIM,
2003)
anos |
Rondônia |
Brasil |
De 1.980-1.991 |
7,89% a.a. |
1,93% a.a. |
De 1.991 a 1.996 |
1,68% a.a. |
1,36% a.a. |
Em 1996, 24 de um total de 40
municípios, tinha menos de 20 mil habitantes, abrigando 21,42% da população
total do Estado.
Nesse período economia era
baseada no extrativismo vegetal e na agropecuária. O setor primário é um dos
alicerces, a agricultura (de subsistência) desenvolveu-se com a chegados dos
imigrantes a partir do final dos anos 70 e início de 80. Os principais produtos
agrícolas eram o arroz, café, feijão milho, mandioca e cacau. Em meados de 1980,
a agropecuária fixou-se na região sul do Estado com criações de médio porte.
Anos 80 – Com essa argumentação nos
chamaram para a colonização da terra de Rondon, (sim sou um rondoniano, um
migrante), “a vegetação de Cerrado do planalto se mescla à Floresta
Amazônica e à bacia Pantaneira, num espetáculo indescritível de
encontro de floras, e biomas, cenário recortado pelos maiores formadores da
Bacia Amazônica, com uma variedade de águas claras e escuras”.
Tão diversificada quanto à sua
natureza é a formação social do Estado, com contribuições de todo o Brasil,
culminando num grande encontro de tradições e ressignificações. Esse fenômeno foi
mais evidente no período de transição do então Território Federal de Rondônia
para o novo Estado, do início dos anos 80 ao início dos anos 90 do século XX.
Nessa terra, ainda hostil, berço
de várias doenças tropicais (vim para essa diversidade amazônica como farmacêutico-bioquímico),
os pequenos produtores rurais estavam tomando as terras do eixo da BR 364, e
junto destes, uma elite agraria estava chegando para fincar raízes e disputar o
poder político.
Diante dos impasses e dos
desafios provocados pelas rupturas drásticas no contexto da transição para o
Estado, necessário se fez construir uma memória para a região, uma questão de
sobrevivência.
A onda migratória a partir dos
anos 80 tem um caráter diferente das antecessoras, posto que nessa, o migrante
tem como objetivo adquirir um pedaço de chão, e na grande maioria das vezes,
pretendia fixar residência, lavrar, plantar e cultivar a terra, e a partir de
então, criar relações de pertencimento e identidade.
Oriundos principalmente do
Paraná, Rondônia recebeu contingentes significativos de São Paulo, Minas
Gerais, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo. Dentre os fatores que propiciaram
esta grande leva de migrantes à Rondônia, pode-se destacar questões sociais,
econômicas e culturais. A concentração de terras, a modernização e mecanização
da produção agrícola e expansão da soja e da pecuária, na região sul do país,
consolidou uma estrutura fundiária centralizadora, de forma a criar um
excedente populacional que os repelia para Rondônia. É nesses arranjos sociais,
espaço de heterogeneidade, diferença cultural, entremeado de conflitos diversos,
que se forma o povo rondoniense.
O choque cultural foi inevitável
nesse processo, que colocou as pessoas de distintas regiões em um mesmo local.
Sotaques e formas diferentes de lidar com a terra e com o rebanho começaram aos
poucos a se misturar em novas configurações, não apenas sociais, mas também de
produção laboral. Os migrantes apegavam-se às suas culturas de origem, que estabeleceram
a identidade do estado de Rondônia, como agrícola e pecuária, retrato esse que
se sobrepõe ao passado histórico de uma cultura extrativista, ocultando a
memória de seus protagonistas, os ribeirinhos e indígenas, que não são mais
retratados nesse complexo cultural predominante.
Não foram oferecidas condições para
receber esses migrantes. Falta de escolas, sistema de saúde precário e estradas
mais se confundiam com picadas, onde os colonos caminhavam com “cacaio” nas
costas sob sol escaldante por muitos quilômetros. Foi implantado o Projeto
Logos II, um programa de formação de professores à distância, que formou
diversos docentes para a área rural.
Os nascidos nesse período que quisessem
ascender ao ensino superior precisavam reunir condições de deslocar,
normalmente à origem de seus pais.
Condições sanitárias enfrentada pela geração de migrantes
(rondonianos)
As moradias construídas de
maneira inadequada para a aplicação de inseticida, a exploração predatória da
floresta tropical e a concentração de milhares de pessoas em garimpos de ouro e
cassiterita, abertos e descontrolados, juntamente com o aumento das condições
favoráveis para a proliferação do Anopheles darlingi, desencadearam
novamente importantes surtos epidêmicos na região. Assim o número de casos de
malária na região incrementou de 50 mil, durante meados dos anos 1960 para 500
mil em 1987, e a incidência da malária no Brasil passou a oscilar de 400 a 5.000
mil casos ao ano, com mais de 95% registrados na Amazônia.
As leishmanioses representam importantes
fontes de preocupações, uma vez que é diretamente associada ao contato do homem
com a floresta onde se encontram os roedores silvestres (reservatórios) e flebotomíneos
(vetores).
Estudos do Instituto Evandro
Chagas mostram que os arbovírus amazônicos estão associados a uma grande
variedade de hospedeiros vertebrados e artrópodos hematófagos. Trinta e seis
arbovírus e vírus silvestres foram associados a doenças humanas. Cinco delas
tem sido assinalada como mais importantes: dengue, oropouche, mayaro, rocio e
febre amarela. As duas primeiras assinaladas como epidemias urbanas, as demais
como essencialmente rurais.
Rondonienses – filhos da
geração de Rondonianos
Os primeiros filhos dos migrantes
de Rondônia, precisaram buscar aprimoramento profissional superior longe de
seus pais, e em sua grande maioria retornaram com “canudo na mão”. Hoje são
profissionais da saúde, das ciências exatas, professores e outros. Atualmente
trabalham na formação de uma terceira geração.
No estágio atual o estado possui
mais de 100.000 propriedades rurais que cultivam a agricultura e pecuária,
típicos de minifúndios, características do modelo de colonização e ocupação do
Estado pensado pelo governo e dirigido pelo INCRA na década de 1.970. O estado
se dividiu em microrregiões, as quais foram adquirindo particularidades, como o
adensamento de cadeias de produção ao longo do tempo, indústrias de laticínios,
frigoríficos, cerealistas e indústrias de beneficiamento de grãos, cerâmica
vermelha, educação etc., atraindo para a região outros segmentos produtivos que
consolidaram o agronegócio da pecuária e produção de grãos como uma das
principais atividades econômicas no Estado.
Assim como os hebreus tiveram seu
líder em Moisés para alcançar a terra prometida, o povo de Rondônia está
construindo sua história, sua identidade, sua característica própria no
conjunto da cultura de vários estados aqui representados. Aqui é a terra prometida
para uma gente aguerrida, que trocou o comodismo pelo desenvolvimento social em
um novo solo. Como pudemos constatar, Tempos difíceis forjam um povo
forte, orgulho desse pertencimento.
Concluindo, os rondonianos,
nesse singelo apanhado, adentraram solo de Rondônia sob o espírito de formação
do estado (1980/2020). São rondonienses, para esse nosso ensaio, os
nascidos com o advento referencial da criação do Estado de Rondônia – os que
contam hoje a faixa aproximada de 40 anos de idade e que já começam a liderar/comandar/governar/dirigir
os destinos dessa terra abençoada, legada que foi pelos seus pais.
Por Edson Silva
Eduardo Lysias de Oliveira e Silva, 08
de junho de 2024.
Fontes:
https://independenciacomcristo.com.br/2015/06/28/as-tres-fases-na-vida-de-moises/
https://bible.knowing-jesus.com/Portuguese/topics/Quarenta-Anos
http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/conclus_ro.pdf
https://repositorio.unesp.br/server/api/core/bitstreams/99bbcedc-c735-4ecc-bd69-54ac18f85cf7/content
https://www.snh2015.anpuh.org/resources/anais/39/1434397453_ARQUIVO_ARECENTEOCUPACAO-editado.pdf
https://www.scielo.br/j/ea/a/zcDwWg3XwwQWhCVR8vCLH3s/
chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/1104194/1/ResumoMarilia5.pdf
Aqui chegamos em 81.
ResponderExcluirUm rondoniano que se mantém firme na convicção que essa lhe foi um solo prometido. Parabéns.
ExcluirParabéns!Gostei muito !!!
ResponderExcluirGrato pelo retorno. É sempre bom saber que atendeu a expectativa de alguém.
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