Mudanças Climáticas, Populações originárias indígenas
"...e se esforcem para
viver dignamente, para cuidar dos seus próprios negócios e trabalhar com as
próprias mãos, como nós lhes ordenamos, a fim de que a conduta de vocês seja
exemplar aos olhos dos de fora e vocês não dependam de ninguém" - 1
Tessalonicenses 4:11-12
O que é a COP30 e quando ela
acontece? - é o 30° encontro anual da ONU sobre mudanças climáticas. Acontece
10 a 21 de novembro de 2025, em Belém no Pará.
COP significa "Conferências
das Partes". Teve sua origem na Conferência Rio-92, onde foi firmada a
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.
Na percepção do atual Governo do
Brasil a COP30 representa uma oportunidade histórica para o Brasil reafirmar
seu papel de liderança nas negociações sobre mudanças climáticas e
sustentabilidade global.
O evento é o principal espaço de
negociação e decisão sobre o clima no mundo e reúne representantes de diversos
países, diplomatas, especialistas e ativistas. Tem foco nos debates da redução
de emissões, energia renovável, preservação da biodiversidade, financiamento
climático. Abordará seis temas principais: Transição nos Setores de Energia,
Indústria e Transporte. Gestão Sustentável de Florestas, Oceanos e
Biodiversidade.
Amazônia, quem é você?
O olhar externo sobre a Amazônia
muda conforme a intenção de controle, uso ou exploração de seus territórios.
Quando os povos amazônicos resistem à ocupação, são tachados de selvagens – e a
floresta, demonizada. Quando se deseja avançar sobre suas terras, ela se torna
vazio demográfico, como na construção da BR-163. E quando se busca explorá-la
economicamente, surgem discursos ambientalistas que, sob o pretexto da
conservação, tentam monetizar a floresta e retirar dela seus verdadeiros
guardiões. É o que acontece agora com a forte defesa do mercado de carbono.
“Pulmão do mundo. Inferno verde.
Reservatório de biodiversidade. Patrimônio da humanidade. Terra de ninguém.
Celeiro de recursos naturais.” A lista é longa – e poderia seguir com as muitas
terminologias já atribuídas à Amazônia. Mas é sempre importante lembrar: ao
falar de Amazônia estamos nos referindo a uma região que ultrapassa 6 milhões
de quilômetros quadrados, atravessa nove países da América do Sul e abrange
nove estados apenas no Brasil. Não é pouca coisa. Mais da metade do território
brasileiro é Amazônia.
Narrativa dos chamados
ambientalistas
Após anos de crescimento nos
índices de desmatamento, degradação e queimadas na Amazônia, os cientistas
alertam que o bioma pode ser estar perto de um ponto de não retorno. Um estudo
escrito por uma coalisão de cientistas e líderes indígenas apontam para
o colapso já em 2029. (GloboNews)
De acordo com o Painel
Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), a
"savanização" da Amazônia já estaria acontecendo. Mais de 2 milhões
de quilômetros quadrados do bioma estariam muito próximos do ponto de não
retorno. (GloboNews)
Apesar de todos os dados
alarmantes, os autores do relatório afirmaram que ainda é possível proteger 74%
da Amazônia intacta remanescente e restaurar até 6% das áreas degradadas. No
entanto, para isso é preciso agir imediatamente. (GloboNews)
O relatório recomenda que a área
florestal remanescente seja governada em conjunto com as comunidades indígenas
locais e que cada país amazônico apresente um plano de ação para atingir a meta
de proteger 80% do território até 2025. (GloboNews)
Notícias de outubro de 2025
Segundo o Itaramaty, 143
delegações e 57 chefes de Estado e de governo confirmaram presença na
Cúpula de Líderes.
Muitos líderes mundiais ainda não
confirmaram presença e alguns não são esperados, como é o caso do presidente
dos Estados Unidos, Donald Trump.
A China, o maior emissor de gases
que causam o aquecimento global, deve enviar uma delegação, mas o presidente Xi
Jinping provavelmente não comparecerá.
COPs anteriores foram criticadas
pelo grande número de participantes ligados às indústrias de carvão,
petróleo e gás. Ativistas argumentam que isso demonstra a influência
contínua dos defensores dos combustíveis fósseis.
Antes da COP30, os países deveriam
ter apresentado planos atualizados e detalhados de como eles vão reduzir
suas emissões de gases que aquecem o planeta. Um terço dos países fez isso.
Um macabro FLOP 30 (o tamanho
da vergonha)
|
Evento |
Chefes de Estado - líderes |
País do evento |
|
COP26 (2021) |
100 |
Glasgow - Escócia |
|
COP27 (2022) |
90 |
Sharm el-Sheikh - Egito |
|
COP28 (2023) |
150 |
Dubai – Emirados Árabes |
|
COP29 (2024) |
59 |
Baku - Azerbaijão |
|
COP30 (2025) |
28 |
Belém - Brasil |
Seria esse esvaziamento de chefes de estado um sinal de que essas pautas não mais interessam aos países desenvolvidos do hemisfério norte, que não admitem mais nenhuma cota de sacrifício para alimentar o apetite de governantes do 3º mundo por verbas a fundo perdido?
Na abertura oficial, dia de 10 de
novembro 2025, a Conferência do Clima das Nações Unidas, em Belém (PA) o
Presidente da conferência, que pela primeira vez acontece na Amazônia, o
embaixador André Correa do Lago disse que o multilateralismo é o caminho
definitivo para o combate às mudanças do clima.
A COP30 fará alguma diferença?
Alguns observadores, como a
ativista Greta Thunberg, acusaram COPs anteriores de greenwahingh (tentativa de
"lavar" a imagem da empresa com uma aparência de preocupação
ecológica), permitindo que países e empresas promovam sua imagem ambiental sem
realmente fazer as mudanças necessárias.
Em seu discurso na Assembleia
Geral da ONU, em setembro 2025, o presidente Trump classificou as mudanças
climáticas como "a maior farsa já perpetrada contra o mundo" e atacou
falsamente as inúmeras evidências científicas sobre o aumento das temperaturas.
Ele também prometeu ampliar a exploração de petróleo e gás e reverter
iniciativas ambientais adotadas por seus antecessores.
Três grandes gargalos que a
diplomacia brasileira terá que enfrentar na COP30:
O primeiro em relação ao financiamento
para as medidas voltadas para a transição ecológica, adaptação e mitigação
dos efeitos das mudanças climáticas. As nações mais pobres, mais vulneráveis
aos efeitos das mudanças climáticas e que, historicamente, contribuíram menos
para o efeito estufa porque emitiram menos carbono na atmosfera, querem que os
países ricos se comprometam a aumentar o volume de recursos destinados ao
combate à crise climática. Os desenvolvidos, por sua vez, hesitam em se
comprometer com mais recursos.
Uma das apostas do governo
brasileiro em relação ao financiamento de ações para o combate às mudanças
climáticas foi a criação do Fundo Florestas Tropicais para Sempre.
O lançamento oficial do fundo será nesta semana e a expectativa do governo é de
que ele possa, no longo prazo, arrecadar até US$ 125 bilhões. Até agora, no
entanto, apenas o Brasil anunciou, oficialmente, um valor para aportar no
fundo: US$ 1 bilhão. A Indonésia também já afirmou que faria um
investimento no fundo, mas não revelou o valor e nem quando isso aconteceria.
Outro ponto que deve gerar tensão
durante a COP30 serão as discussões em torno da transição energética. A
COP28 terminou com um consenso segundo o qual o mundo teria que fazer uma
transição para se distanciar do uso de combustíveis fósseis, mas não há um
mandato oficial para que a conferência determine metas ou prazos para que essa
transição aconteça. O Brasil, hoje, não tem legitimidade para liderar esse tipo
de conversa sobre transição para longe do petróleo - o Brasil acabou de abrir
um poço para a pesquisa de petróleo no bioma amazônico onde acontece a COP30.
Contabilidade Ambiental/Contabilidade
Verde (193 países no Globo)
Planeta Terra
|
71% |
Oceanos |
|
|
|
29% |
Continentes |
|
|
|
|
16% |
Desertos e terras geladas |
|
|
|
13% |
7% |
Florestas |
|
|
|
6% |
Atividades humanas |
A população mundial de 8.235.000.000
não tem capacidade de causar prejuízo ao clima global. Em algumas situações
pontuais afetam o microclima regional.
Injustiça com os guerreiros
da Amazônia, convocados por governos brasileiros 70/90 para aliviar as
pressões sociais nos estados NE, SUL, SUDESTE, e garantir a soberania dos
estados da Amazônia Legal. O incentivo à colonização de Rondônia se
deu por meio de políticas governamentais, principalmente
durante a ciclo militar (1964–1985), que buscavam a integração e ocupação da
Amazônia. A ideia era povoar a região com migrantes de outras partes do Brasil,
especialmente do Sul e do Nordeste, usando o lema "Integrar para não
entregar".
O governo e setores privados
realizaram intensa propaganda, divulgando a imagem de Rondônia como um
"Novo Eldorado", com terras férteis e fartas oportunidades. Essa
publicidade, no entanto, frequentemente ocultava a realidade das dificuldades e
a falta de preparo de muitas áreas para o cultivo.
Além dos incentivos, o
processo foi impulsionado por fatores que "expulsavam" pessoas de
seus locais de origem. No Nordeste, a seca crônica e a pobreza motivaram a
migração. Já no Sul/Sudeste, a modernização da agricultura (mecanização) e a
alta concentração de terras levaram muitos pequenos proprietários e sem-terra a
buscarem novas oportunidades.
Equivocadamente, Confúcio
Moura defendeu a criação de 11 unidades de conservação em Rondônia
durante seu mandato de governador (2011-2018), afirmando que foram criadas com
base em estudos técnicos e seguindo a legislação. Poucos dias
após a criação, a Assembleia Legislativa de Rondônia tentou revogar
as unidades de conservação por meio de decretos legislativos e promulgou
leis para impedir a criação de novas áreas protegidas.
De acordo com Evaristo de
Miranda, os produtores rurais da Amazônia não têm vez, nem voz, nos debates
sobre o futuro da Amazônia. E terão ainda menos na COP 30, cuja organização
parece ir contra o Brasil amazônico. Ali, eles já são considerados uma espécie
extinta. Não há plano governamental coordenado para efetivar a regularização
fundiária na Amazônia. Nem para promover o desenvolvimento de milhões de
pessoas nas áreas rurais.
O crime organizado é o
principal empregador na Amazônia, cuja “mexicanização” já aconteceu. As
operações de guerra visam os produtores rurais e não o narcotráfico. Mesmo
com a repressão policial e ambientalista, centenas de milhares de agricultores
seguirão re-existindo na Amazônia, com sonhos familiares, trabalho e
pequenos desmatamentos para suas roças de mandioca, milho, arroz, feijão, café,
frutas, pastos e agrofloresta. Cada um por si e Estado, ONGs e Crime Organizado
contra todos, como diria Macunaíma (Evaristo de Miranda, 6 de março de
2025)
A "desintrusão na
Amazônia" refere-se a ações de retirada de invasores e atividades
ilegais de territórios indígenas e unidades de conservação, com o objetivo de
proteger os povos originários e o meio ambiente.
O governo Lula (PT) está em vias
de iniciar uma operação de campo em milhares de propriedades de 81 municípios
de estados da Amazônia Legal para verificar in loco a situação fundiária e
ambiental das terras. O plano prevê três fases de execução, cada uma delas com
dois anos de prazo. Na primeira etapa, 48 municípios serão abordados,
englobando cerca de 7.312 famílias. Com os outros dois ciclos seguintes,
espera-se chegar às 31 mil propriedades.
Populações originárias
indígenas somados a seus descendentes no Brasil
|
Estado |
Área km² |
População indígena |
Área por indivíduo |
|
|
Amazonas |
1.559.255 |
490.854 |
3.18 km²/indivíduo |
|
|
Pará |
1.245.870 |
80.794 |
15.42 km²/indivíduo |
|
|
Mato Grosso |
903.208 |
30.654 |
29.46 km²/indivíduo |
|
|
Minas Gerais |
586.513 |
18.232 |
32.17 km²/indivíduo |
|
|
Bahia |
564.760 |
229.106 |
2.47 km²/indivíduo |
|
|
Mato Grosso do Sul |
357.142 |
110.669 |
3.28 km²/indivíduo |
|
|
Goiás |
340.242 |
11.238 |
30.27 km²/indivíduo |
|
|
Maranhão |
329.651 |
58.749 |
5.61 km²/indivíduo |
|
|
Rio Grande do Sul |
281.707 |
36.096 |
7.80 km²/indivíduo |
|
|
Tocantins |
277.423 |
20.301 |
13.67 km²/indivíduo |
|
|
São Paulo |
248.219 |
32.339 |
7.67 km²/indivíduo |
|
|
Rondônia |
237.576 |
26.657 |
8.81 km²/indivíduo |
|
|
Acre |
152.581 |
31.547 |
4.84 km²/indivíduo |
|
|
Roraima |
224.301 |
97.320 |
2.30 km²/indivíduo |
|
|
Amapá |
142.814 |
20.200 |
7.07 km²/indivíduo |
|
|
Estado |
População |
%
indígenas/pop. geral |
% de desmatamento acumulado 88 a 2024 |
|
RO |
1.751.000 |
1,52% |
13,54% |
|
AM |
4.280.000 |
11,47% |
4,68% |
|
PA |
8.660.000 |
0,93% |
34,67% |
|
AC |
880.000 |
3,58% |
2,40% |
|
MT |
3.836.000 |
0,80% |
27,91% |
|
RR |
739.000 |
13,2% |
1.62% |
Terras indígenas
O IBGE constatou que as 378
terras indígenas na Amazônia Legal se estendem por uma área de 1,15 milhão km²,
equivalente quase a extensão territorial do Pará (1,24 milhão km²). Nas
terras indígenas da Amazônia Legal vivem 428 mil pessoas, sendo 94,29% delas
autodeclaradas indígenas. Os moradores dessas terras são 62,09% de todos os
habitantes de terras indígenas do país.
Os países com maior proporção de
população indígena nas Américas são Bolívia (62,2%), Guatemala
(41%), Peru (24,0%) e México (15,1%). O Brasil, com 900 mil indígenas, que
representa 0,44% de sua população, tem o maior número de comunidades (305),
seguido pela Colômbia (102), Peru (85), México (78) e Bolívia (39). Segundo um
censo de 2020, existem cerca de 3.727.135 indígenas nos Estados Unidos.
Se somados os descendentes misturados com outras etnias, esse número sobe para
mais de 9,7 milhões de pessoas (ou quase 2,9% da população do Estados Unidos).
Justifica chamar o evento de FLOP30?
Durante o discurso, disponível no
YouTube do Congresso de Comércio Alemão, Friedrich Merz disse que os
alemães ficaram contentes ao poder deixar a cidade amazônica, elogiou
seu país como um dos mais "livres" do mundo e
disse que é preciso defender a democracia e o sistema econômico da Alemanha. O
chanceler alemão esteve no Brasil para participar da Cúpula dos
Líderes em Belém, antes do início oficial da COP30, e participou de
um encontro bilateral com o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva.
A COP30 virou uma grande dor de
cabeça para o Brasil. Foi o que escreveu o "The New York
Times" numa reportagem sobre a Conferência do Clima em Belém. Segundo
o jornal, o Brasil convidou o mundo para a Amazônia e agora enfrenta
uma crise diplomática. E no meio de tudo isso, o Brasil é alvo de críticas
por não conseguir resolver um problema básico: a falta de hospedagem
acessível em Belém.
O principal objetivo do Brasil na
COP é garantir recursos para um plano de 125 bilhões de dólares, pelo qual
países ricos e investidores privados pagariam a nações emergentes para
preservar suas florestas tropicais. Até o dia 06/11, poucos sinalizaram
disposição para contribuir.
Na última quinta-feira, quando
ocorreu a Cúpula dos Chefes de Estado, que antecedeu a abertura oficial
do evento, 28 líderes participaram. Havia nas cadeiras 15
presidentes, 11 primeiros-ministros e dois líderes de realeza. No ano
passado, 59 chefes de Estado estiveram na mesma reunião na COP 29, em Baku,
no Azerbaijão. Desse total, 29 eram presidentes e 30 eram primeiros-ministros.
Concluindo: a área
protegida da Amazônia Legal soma 2,3 milhões de quilômetros quadrados (km²), o
que representa 46,6% da área total da região político-administrativa, que se
espalha por nove estados.
A população da Amazônia Legal é
de 30,1 milhão de brasileiros (2024) – como afetariam o clima global? Apesar
da quantidade de área demarcada/reservas na Amazônia não se dá ao brasileiro
indígena uma condição digna de vida? Apesar da CF/1988 extinguir o
regime de tutela, o indígena tem sido usado como instrumento de interesses
escusos.
O que exigem os brasileiros que
vivem na Amazônia Legal, senão viver com a dignidade dos patrícios das demais
regiões (cfm art. 5ª CF): ser respeitado e reconhecido como um ser humano com
valor inerente e incondicional, o que implica ter acesso a condições básicas
como moradia, saúde, educação e trabalho justo, além de liberdade, igualdade de
direitos e proteção contra discriminação. É um princípio que também abrange a
integridade física e psicológica, e a capacidade de autodeterminação e de não
ser humilhado.
No meu pensar, quando o governo
central age contra o interesse de seu próprio povo parece estar acordado com as
ONGs (COP30), que a todo custo lutam para manter controle sobre solo alheio – As
ONGs e alguns governos estrangeiros NÃO ESTÃO PREOCUPADOS COM O BEM DA AMAZÔNIA,
ESTÃO SIM, PREOCUPADOS COM OS BENS DA AMAZÔNIA.
Fontes
«Overview of 2020 AIAN Redistricting
Data: 2020»
«Race and Ethnicity in the United
States: 2010 Census and 2020 Census»
https://diplomatique.org.br/o-que-esta-por-tras-dos-altos-precos-de-hospedagem-para-a-cop-30/
Chat.openai.com/c/6f4001a5-f2a1-494a-b3ae-bbaa4a7c388b


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ResponderExcluirMestre Edson Silva, como você bem retrata, é triste a realidade de milhões de brasileiros que vivem na região Norte e que se veem impedidos de acesso à prosperidade. Este impedimento de acesso se dá pelo conluio espúrio entre governo e ONGs, sempre debaixo do falso pretexto de que só existe desenvolvimento econômico com destruição da natureza.
ResponderExcluirGrato por sua participação no comentário. Sua abalizada opiniao enriquece qualquer debate. Abraço ao mestre amigo.
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